Não é por alguns humanos (pronto muitos) não serem perfeitos que o meu mundinho encantado deixará de existir. Mesmo que seja só meu.
Ainda acredito nas fadinhas brincalhonas com as suas belas asas cintilantes. Príncipes encantados envoltos em pós mágicos com o seu brilho natural. Belas princesas com a sua pura inocência e bondade.
Sou criança? Não. Sou apenas uma feliz sonhadora. Deixa-me sonhar, acreditar que tudo é verdade. Que contos de fadas existem sim.... apenas não contigo.

Podes dilacerar-me a alma com palavras pensadas minuciosamente. Podes até fingir que não me queres mais, tentar fazer-me a má pessoa que eu não sou. Sei que é por mim que chamas chorando arrependimento por cada palavra amarga, por cada acto maldoso.
E agora como te sentes quando olhas à tua volta e não me encontras mais?
Qual é a sensação de se perder tudo o que se poderia ainda ter?
Gostava de conseguir esquecer-te. Gostava de não gostar tanto de ti. Queria nunca ter vivido contigo tudo o que vivi. Nunca ter dito tantas vezes que te amava. Nem de ter feito todas aquelas promessas. Gostava de poder olhar para trás e não me arrepender de um só segundo.
Se Deus me desse oportunidade de mudar algo na minha vida….

…. eu mudaria tudo.

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"E, chorando as últimas lágrimas que choraria por ele, saiu sem nada dizer. Em vão ele esperou pelo seu regresso. Pois ela tinha ido embora pra nunca mais voltar."

Queria deixar-me,
sentir-me levitar.

Queria saborear uma última vez
a doçura que esses lábios encerram,
o gosto de passear de mão dada.

Queria ouvir “Amo-te”
e olhar-te nos olhos,
como quem olha pela primeira vez,
e sentir que é verdade.

Queria tudo,
pelo menos uma última vez,
antes da derradeira viagem.

A escuridão da noite
começa a embalar-me
envolvendo-me fatalmente.
E se me deixar ir….
Sentirás a minha falta?

Esta noite, passada em branco, talvez pela falta de um sinal, por ter a cabeça demasiado ocupada com maus pensamentos ou simplesmente por falta de sono… Esta noite fui visitada pela musa e a folha não ficou em branco:
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“Foram muitas juras, promessas de amor eterno, que eu e tu trocamos.
Foi tanta a noite que ficava do teu lado admirando o ar querido e de doce criança que tens quando dormes. Acariciando cada traço do teu rosto. Aconchegando a manta e sorrindo ao ver-te aninhar.
Foram tão bons os momentos em que me abraçavas cobrindo o meu corpo com o teu, protegendo do resto do mundo. O calor e a segurança que transmitias. O momento em que só existíamos nós.
Foram muitas horas a olharmo-nos simplesmente, sem uma única palavra. Apenas carícias. Olhares. Sorrisos marotos. O brilho do olhar. As palavras que não eram necessárias dizer.
Foram imensos os sonhos, planos futuros a dois que idealizávamos com o entusiasmo e a felicidade de quem ama.
Eu e tu estávamos permanentemente e irremediavelmente entrelaçados um no outro. Tu eras eu. Eu era tu. Nós éramos um só.”



Apenas não vás









Saudade é uma boa lembrança de uma pessoa ausente.
É quando o amor ainda não foi embora,
mas tu sim.

Saudade é sentir que ainda te posso tocar e
sentar no teu colo como sentava quando era criança.
Pensar que estás em casa aguardando a minha chegada.

Solidão é perder-me de ti,
e procurar em vão pelo que não volta mais.


( 16.08.2005 )

“Se eu não te amasse o que seria de ti” – perguntava ele com o seu fingido ar inocente.



No mundo das fadas, aquele que dizes não existir em mais lado nenhum a não ser na minha cabeça, talvez dissesse mil e uma coisas bonitas e verdadeiras daquelas que estás acostumado a ouvir. No mundo onde tu vives palavras amargas brotaram dos meus lábios com o simples intuito de te atingir no mais profundo do teu ser.

“Se eu não te amasse o que seria de ti”
Essas palavras continuam a ribombar na minha cabeça como o eco de um trovão. Quero não pensar, quero não sentir. Qual o significado? Como podes subentender que alguém depende de um amor?! Já ninguém morre por amor. Os príncipes não existem e as princesas também não. As fadas ficam na terra do nunca junto com o Peter Pan. Já não se oferecem rosas nem se puxa a cadeira pra ela sentar. Serenatas já não se fazem e o Romeu e Julieta é tudo uma história para meninas poderem sonhar que um dia acharão o seu Romeu.


Mas não, não meu querido. Não quero viver nesse mundo que dizes ser o real. Nesse mundo que é teu. Obrigado mas prefiro as minhas fadas e os príncipes encantados. Deixa-me sonhar, ter a cabeça nas nuvens e os pés apoiados em estrelas.


E, vivendo eu no mundo das fadas, olho-te nos olhos e com a verdade pura de um simples olhar respondo-te com a doçura de uma princesa dos teus sonhos:
 “Sem o teu amor não seria o que sou hoje.”

Oh mar revolto,
Que a tua fúria nos mostras.
Se essa alma aprisionaste
Quantas mais roubaste?
E tu, que prevendo a tempestade te lançaste
E a ira de Poseidon provocaste
Sem medo, sem a dor temer
O desconhecido quiseste combater.
Mas voltemos aos tempos que já não voltam,
Quando aquela ninfa a primeira vez viste
Na praia se bamboleando,
E com aquela doce voz cantando


Com tal formosura só aos deuses permitida.
Cobriam os ombros delicados
Suaves ondas de cabelos doirados
E, quando aquelas duas gotas de água te fitaram
Obedecendo à sua vontade te hipnotizaram.
Irremediavelmente apaixonado ficaste.
E de mais nada querendo saber
Das outras cousas descuidaste
Cego de amor não quiseste ver
Que Afrodite tu roubaste.
“Quem és tu que ousas apoderar-te do que é meu
Querendo o que nunca será teu?
Tu que os deuses provocaste
Pobre homem, acreditando em tal amor proibido
Nunca um ser tão perfeito te será concedido.
Enquanto a força e o poder eu tiver
Irás senti-los como me aprouver.
Homenzinho nenhum as minhas ninfas terá.”
Afrodite a sua ninfa a Poseidon entregou
E este tomando-a como sua
No fundo dos mares a aprisionou.
E tu já sem alma, sem propósito,
Já não temendo a fúria divina,                                              
O Deus dos mares ousaste desafiar.
Dias e noites, meses e anos
No largo oceano navegaste,
Procurando sem nada achar.
Também tu prisioneiro dos mares ficaste,
Padroeiro dos navegadores,
Que as suas viagens abençoas,
Fardo com que Afrodite e Poseidon te carregaram.
Foi esse o preço de roubar as cousas divinas.
E já sem ninfa, sem o seu amor
Apenas te restam o sofrimento e a dor.

Queria correr por esse mundo fora,
Sentir a erva fresca
Acariciar os meus pés em silêncio.
Saborear o inocente raio de sol
Que desperta a manhã.

Queria segredar-te ao ouvido
Palavras doces
Verdades absolutas.
Dizer-te tudo
Sem dizer coisa nenhuma.

Pensar é tirar o gosto divino das coisas
Pensar numa flôr é vê-la e cheirá-la
É beijar-te
Simplesmente beijar-te
Sem pensar porque te beijo.

Sou céu e mar.
Sou sol e lua.
Sou o ser perfeitamente imperfeito que tu não compreendes.

Sou aquilo que sou, não aquilo que gostarias que fosse.
Vivo a mil à hora, num segundo posso fazer este mundo e o outro e no entanto as vinte e quatro horas de um dia não me chegam.
O mistério que me envolve perturba a tua mentezinha. Não me tentes compreender, tenta acompanhar. Não tenho que seguir essas ideologias e valores “socialmente normais” para parecer eticamente correcta perante os teus olhos. Eles nada me dizem nem são ninguém para julgar. Eu sou aquilo que desejar, assim como tu podes ser. Posso ser intempestiva e compreensiva, segura e irónica, romântica e abstracta. Posso assumir mil e uma caras, mas a essência do meu eu estará imaculadamente inalterada.

Sou o oculto que te atrai.
Sou fogo, sou água, sou terra e ar.
E na essência da minha alma, sou o ser que inocentemente te embala na escuridão da noite.

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"Não procuro saber as respostas. Procuro compreender as perguntas "

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